O Governo Federal lança nessa terça-feira (19) o aplicativo Celular Seguro, que permitirá o bloqueio imediato de linhas telefônicas e do próprio aparelho em casos de roubo e furto. Para utilizar o aplicativo, a pessoa deverá cadastrar os dados em uma página na internet a ser divulgada pelo governo.
O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, explica que “caso você seja roubado, é só acionar o sistema por um computador que a operadora telefônica e bancos são notificados no mesmo instante, bloqueando acessos”.
“Uma medida importante para diminuir a dor de cabeça e as perdas financeiras de quem passa por furto ou roubo. Amanhã já estará disponível nas lojas de aplicativos”, disse o ministro.
A nova plataforma foi desenhada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) em parceria com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
De acordo com o secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli, os celulares roubados serão transformados “num pedaço de metal inútil” após o aparelho ser bloqueado. “Com apenas um clique, a vítima enviará um aviso simultaneamente para a Anatel, para os bancos, para as operadoras de telefonia e para os demais aplicativos”, explicou o secretário.
Em caso de aparelho celular roubado, furtado ou extraviado, recomenda-se que o consumidor registre um Boletim de Ocorrência (BO) na Delegacia de Polícia de sua cidade.
O bloqueio da linha telefônica impede que ela seja usada em outro aparelho celular e gere custos indevidos na sua fatura. Já o bloqueio do aparelho evita que o dispositivo acesses as redes móveis.
O Brasil registrou 508,3 mil roubos e 490,8 mil furtos de celulares em 2022, totalizando quase 1 milhão de ocorrências. Isso significa um aumento de 16,6% na comparação com 2021. As informações constam no 7º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, desenvolvido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Como a pesquisa só leva em consideração dados oficiais registrados pelas secretarias estaduais de segurança pública, podemos considerar que o número real seja maior do que esse.
A maior cidade do país, São Paulo, foi “líder” nesse registro, com 346,5 mil casos de roubo ou furto de celulares, um aumento de 19% na comparação com 2021.
Muitas pessoas acham que o interesse de criminosos por celulares tem a ver com o fato de que os hardwares são valiosos. Mas, na verdade, investigações policiais sugerem que o que importa mesmo para os bandidos são os dados que constam nos aparelhos.
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