O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que 498 soldados russos já morreram na Ucrânia desde a última quinta-feira (24), o presidente Vladimir Putin autorizou suas tropas a entrarem no território ucraniano para realizar o que ele chamou de “operação militar especial”.
No mesmo dia em que a guerra completa uma semana, o militar Oleksiy Arestovich, conselheiro do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, afirmou em um comunicado transmitido pela televisão que 7 mil russos haviam sido mortos e centenas capturados em seu território.
O porta-voz da Defesa russa, Major Igor Konashenkov, falou pela primeira vez em números de militares atingidos e negou que suas tropas tenham tido “perdas incontáveis”.
À agência estatal de notícias da Rússia, RIA, ele afirmou que pelo menos 1,5 mil soldados tenham sido feridos nos confrontos no território vizinho.
Konashenkov também forneceu um balanço das tropas ucranianas atingidas: mais de 2.870 soldados mortos, cerca de 3.700 feridos e 572 capturados. Os dados ainda não foram confirmados pelo governo da Ucrânia.
Apesar da grande divergência entre os números divulgados, é possível afirmar que as tropas russas já tiveram mais baixas em uma semana de guerra na Ucrânia do que na invasão da Crimeia, em 2014, quando 400 soldados do país morreram.
Para o doutor em relações internacionais Fabiano Mielniczuk, a estimativa de baixas nas tropas russas passada pelo governo ucraniano parece superestimada.
“Sete mil implicaria em um combate bastante extensivo, muito direto, de combatentes no solo podendo atingir uns aos outros e tendo acesso depois para verificação dos corpos das pessoas afetadas. E os russos estão fazendo, por enquanto, uma estratégia de mandar equipes de reconhecimento às cidades para verificar onde estariam os alvos. É nesses combates que está havendo o número de baixas dos russos, na maioria das vezes”, explicou o especialista.
Um exemplo para dimensionar os dados passados pelo governo ucraniano é o número de soldados americanos mortos no Afeganistão desde 2001: aproximadamente 2.500.
Fonte G1